Homenagem: 15 de Outubro – Dia do Professor
O que temos de mais sagrado em nossas vidas?
Nossa família, nosso berço.
Infeliz daquele que dispensou, por motivos outros e fúteis, a alavanca e o alicerce que o regaço familiar nos oferece, sem nada cobrar, somente nos fornecendo bases sólidas para enfrentar o mundo.
E esta, que é a maior e a mais importante célula da sociedade, somente conta com um profissional que tem a legitimidade e a dignidade suficientes para complementar e enriquecer a tarefa árdua de educar: o professor.
Dá pra imaginar o tamanho desta responsabilidade?
Este professor tem que se misturar à educação fornecida pelos pais e por toda a família de seu aluno, que possuem uma história de gerações passadas, com características individuais e diversas.
Esta responsabilidade não é esforço a mais para ele porque ele exerce sua profissão com entrega total, e os pesos se tornam diminutos diante da vocação.
Saibamos todos, principalmente os professores iniciantes, que se o trabalho em qualquer área se tornar um fardo, urgirá a revisão de nossa vida, para que diretrizes sejam repensadas.
Muito mais isto é válido para um professor.
O professor, se não estiver encharcado da vontade de ensinar, de educar, de se doar, não conseguirá o respeito de seus alunos, de seus pares, muito menos de toda a sociedade.
Não se é professor por acaso!
Aí está a grande obra de um professor.
Acolher seu aluno dentro de seu coração com total paixão, fazendo dele parte de sua própria existência.
Isto é para poucos e bons!
Se condoer com as desgraças alheias é fácil.
A lágrima é gratuita.
Eu quero ver é rir e se alegrar com as conquistas alheias, a alegria é esterilizada, a dor contamina. No caso dos nossos mestres, a nossa vitória se transforma na alegria deles também, porque vocês, professores, nos amam de verdade. Aos professores que já exercem esta profissão há um médio tempo, é hora de se fazer um balanço das atitudes tomadas até agora.
Há de se fazer dos acertos, missões, e dos erros, lições.
Triste é a nação que não privilegia o ensino.
O grande exemplo são os E.U.A.
A página negra do destrato com os professores está sendo virada.
Então, você, professor que já lecionou por alguns anos, tenha certeza que sua luta valeu e valerá a pena.
A visão histórica jamais poderá ser esquecida por causa de motivos imediatistas, principalmente por um professor.
É líquido e certo que as reivindicações, os protestos, as greves, não foram em vão e, sim, servirão para a grande arrancada que o Brasil sofrerá a partir da valorização da educação e do educador.
Você, professor mais antigo, que já viveu dias melhores, é justo o desânimo, mas não o suficiente para derrubá-lo.
Talvez a maior homenagem que um professor possa receber esteja num fato corriqueiro que acontece no nosso dia a dia e que ilustra bem o significado desta profissão.
Quando queremos elogiar alguém de maneira superlativa, grandiosa, mesmo que esta pessoa não seja formada, como é que nós a chamamos: “ei mestre”, ou então, “ei professor!”
É o maior elogio que se faz a alguém.
No Brasil, o Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro
No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila), Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima – caso tivesse sido cumprida.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor.
Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 1 de junho a 15 de dezembro, com apenas dez dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.
O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, Piracicaba, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça – inclusive dos pais. O discurso do professor Becker, além de ratificar a idéia de se manter na data um encontro anual, ficou famoso pela frase ” Professor é profissão. Educador é missão”. Com a participação dos professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada.
A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: “Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias”.