A Conquista do Pão de Piotr Kropotkin – Livro
A Conquista do pão (em francês: A Conquête du Pain) é um livro do anarquista russo -e pai do Comunismo libertário– Piotr Kropotkin. Originalmente escrito em francês, apareceu pola primeira vez como uma série de artigos nos jornais anarquistas Le Révolté e La Revolté (ambos editados por Kropotkin). Foi publicado como livro pola primeira vez em Paris em 1892 com um prefacio de Élisée Reclus, quem também sugeriu o título. Entre 1892 e 1894 foi serializado, em parte, nos jornais londrinos Freedom, do qual Kropotkin era cofundador.
Neste trabalho, Kropotkin aponta o que ele considera como as falhas dos sistemas econômicos do feudalismo e do capitalismo, e como ele acha que estes criam miséria e escassez enquanto promovem o privilégio para certas classes. Ele opta pela proposta de um sistema econômico descentralizado baseado na ajuda mútua e a cooperação voluntária, acertando que as tendências para este tipo de organizações já existem, ambas na evolução e a sociedade humana.
A Conquista do Pão (1888), argumentou que a ruptura com a propriedade privada levaria à anarquia: “Anarquia leva ao comunismo, e comunismo à anarquia, e um e outro são, mas a tendência predominante no sociedades modernas, a busca da igualdade.” Kropotkin argumentou que não há uma forma correta ou há pouco espaço para medir o valor da contribuição econômica de uma pessoa, porque “Cada descoberta, cada avanço, cada aumento da riqueza da humanidade, vem da combinação do trabalho manual e intelectual do passado e do presente. Então que direito alguém se apropria da trama inferior deste imenso toda e dizer: “Este é apenas o meu e não todos?” Também defendeu que a economia será coordenada através de uma rede horizontal de associações voluntárias, em que os bens serão distribuídos de acordo com as necessidades do indivíduo, ao invés de dependendo do trabalho.
Contém os seguintes capítulos: As nossas riquezas, O bem-estar para todos, O comunismo anarquista, A expropriação, Os víveres, O alojamento, O vestido, Vias e meios, As necessidades de luxo, O trabalho agradável, O comum acordo livre, Objeções, O assalariamento colectivista, Consumo e produção, A divisão do trabalho, A descentralização das indústrias, A agricultura.
“Nas sociedades civilizadas somos ricos. Como se explica então tanta miséria ao nosso redor? Para que este trabalho pesado que embrutece as massas? Por que a falta de segurança do dia de amanhã? têm-no dito e repetido a cada momento os socialistas com argumentos colhidos em todas as ciências. Porque tudo o que franquias baratas é necessário à produção: a terra, as minas, as máquinas, as estradas, o alimento, o abrigo, a educação, a ciência foi açambarcado por alguns, durante a vasta história de pilhagem, de êxodos, de guerras, de ignorância e de opressão, que a humanidade viveu antes de aprender a dominar as forças da natureza”.
– Piotr Kropotkin
A Conquista do Pão de Piotr Kropotkin
“Todas as máquinas têm a mesma história de noites em claro e de miséria, de desilusões e de alegrias; melhoramentos parciais achados por diversas legiões de obreiros desconhecidos que vinham acrescentar ao invento primitivo êsses pequenos nadas, sem os quais a idéia mais fecunda fica estéril.
Cada descoberta, cada progresso, cada aumento da riqueza da humanidade tem o seu princípio no conjunto do trabalho manual e cerebral do passado e do presente.
Logo, com que direito poderia alguém apossar da menor parcela dêsse imenso patrimônio e dizer: isto é meu, não é vosso?” (pag 9)
“O que se pode dizer dos inventores em geral é o que se tem dito dos sábios. Quem não sabe que preço de sofrimentos custaram as grandes invenções!
Noites em claro, privações de pão para a família, falta de utensílios e de matérias-primas para as experiências, é a história de todos os que têm dotado a indústria com o que faz o orgulho, o único justo, da nossa civilização.
Mas que é preciso para sair destas condições que todo o mundo é unânime em achar más? Ensaiou-se a patente, cujos resultados são conhecidos. Faminto o inventor vende-a por qualquer preço e quem não fez mais que emprestar o capital é qem embolsa os lucros muitas vezes enormes, da invenção. Por outro lado a patente isola o inventor. Obriga-o guardar o segredodas suas pesquisas, que muitas vezes conduzem a um tardio desengano;” (pag 97)
“Quando a Inglaterra quis ter um grande dicionário da sua língua, fêz um apêlo aos voluntários e mil pessoas vieram espontâneas escavar as bibliotecas e terminaram em poucos anos o que um homem só não faria numa vida inteira.
Para que esta obra fôsse verdadeiramente coletiva, seria preciso organizá-la de modo que cinco mil volntários autores, impressores, e revisores, tivessem trabalhado em comum; mas deu-se êsse passo para frente, graças à impressa socialista, que já nos oferece exemplos do trabalho manual combinado com o intelectual.
É o caminho da liberdade. No futuro, quando um homem tiver qualquer coisas il a dizer, uma palavra que vá além das idéias do seu século, não procurará um editor que lhe adiante o capital necessário. Procurará colaboradores entre os que conhecerm a profissão e tenham compreendido o alcance da nova obra e publicarão juntos o livro ou o jornal.
(…) Só no dia em que as letras e a ciências se virem livres da escravidão nercenária tornarão o seu verdadeiro lugar na obra do desenvolvimento humano.” (pag 95)
a excessão da regra que falei que não iria fazer: reforma agrária, quando? já! :
“compreender que saber o que se come e como se produz é uma questão de interesse público, quando toda a gente tiver compreedido que esta questão é muito importante, infinitamente mais importante que os debates do parlamento e do conselho municipal, – neste dia a revolução estará feita.” (pag 198)
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