Anarquismo na França

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Uma das figuras mais importantes do anarquismo frances foi Koenigsten, porém sua importância não esta ligada às bombas que produziu e sim à sua morte.

Mas, ele não foi o pai do “terror anarquista” . Foi nesta mesma França que os discípulos de Proudhon realizaram a primeira Internacional; onde se desenvolveu primeiramente o anarco-sindicalismo; o individualismo anarquista e onde o terrorismo chegou às mais sinistras proporções. Foi lá também que os poeta, escritores e pintores se influenciaram pela doutrina anárquica no glorioso fim de século.

Na metade do século passado se desenvolveram na França várias correntes anarquistas. Entre essas, estão a de Ernest Coeurderoy, caracterizada pelo abuso da violência e a de Joseph Déjacque ( um dos precursores da “propaganda pela ação”).

Mas, até o final de 1870, o que prevaleceu na França foi a doutrina mutualista.

Esta, perdeu a sua influência para as idéias coletivistas através destes Bakuninistas: Elisée Reclus, Benôite Malon, Albert Richard e outros.

É interessante notar que a comuna de Paris não foi nem anarquista e nem Marxista, mesclando-se com todas as correntes políticas de sua época. Com sua queda em 1871 a Internacional dos anarquistas foi considerada subversiva, tendo que se tornar clandestina, o que provocou o exílio de todos os libertários o ano de 1879 ( um pouco depois da unificação de diversos grupos) foi o da anistia aos participantes da Comuna, houve a reestruturação das diversas correntes politicas e o conseqüente aumento das divergências.

Em 1881, um movimento explicitamente anárquico começou a se difundir e propagar na França. O prestigio do anarquismo na época foi causado mais pela grandeza dos intelectuais adeptos a ele do que aos seus atos.

De 1881 a 1894 o povo francês sofreu na pele a violência politica que unificou uma pequena minoria dos anarquistas mas casou muito tumulto e agitação. Esta violência é creditada à influencia de um sinistro delegado, Louis Andrielx, e de um agente belga, Égdi Spilleux.

Na primavera de 1884, houve o primeiro atentado anarquista: um jardineiro, Louis Chavés, matou a madre superiora que o hospedara em um convento.

Uma pequena organização chamada Banda Negra executou em Montceu-les-Mines, uma série de atos anti religiosos: incêndios em capelas, escolas e vilarejos.

Eles foram presos mas nada se provo contra eles. Isto fez com que o governo francês, em 1883, promovesse em Lyon o famoso processo contra 65 libertários.

No mesmo ano, Louis Michel e Emile Pouget lideraram mais ou menos 500 manifestantes contra as ações ilegais do governo contra os anarquistas. Apesar de terem sido presos os dois e todos os condenados de Lyon receberam a anistia, devido à indignação da opinião pública.

Foi por conta de Ravachol que mais uma fase violenta teve início: de 1892 à 1984 foram cometidos onze atentados à dinamite, que resultaram em nove mortos.

O ministro residente da Sérvia sofreu um atentado e o presidente foi apunhalado e morto. O país inteiro estava amedrontado e os instrumentos de ação utilizados pelo governo acabaram com a imprensa libertária, processaram os líderes e dissolveram os grupos autônomos.

Em oposição à isto o comunismo-anárquico criou escolas libertárias e comunidades rurais anarquistas, que resistiram até a metade deste século.

Somente em 1920 os anarquistas tentaram se reunir, criando a União dos Anarquistas Franceses (UAF), o que reagrupou os diversos grupos previamente separados. Novas amarguras e divisões ainda estariam por vir, como o fascismo e o nazismo. Os russos exilados na França tentaram fundar uma Plataforma de Organização Geral dos Anarquistas. A UAF foi o palco dessas tentativas. Eles queriam basicamente unificar os anarco-sindicalistas, anarco-comunistas e os individualistas. De 1926 até os dias de hoje o anarquismo na França sofreu várias divisões que criaram siglas e mais siglas ou pequenos grupos. A principal manifestação moderna anarquista contra o poder autoritário foi a revolta estudantil em maio de 1968 e, em junho de 1977, em Toulon, o congresso reativou a FAF.

Fonte: www.geocities.com

Anarquismo na França

Maçons Anarquistas Espanhóis

O anarquismo (enquanto filosofia política que propõe uma socieda de de liberdades individuais, sem autoridade ou poder estatal, baseada na ajuda mútua e cooperação voluntária). historicamente encontrou grande respaldo e influência no território espanhol, especialmente antes da vitória do general Francisco Franco na Guerra Civil espanhola, e durante esta (entre 1936 e 1939), ao se iniciar a chamada Revolução Espanhola como resposta à intenção de golpe de estado.

Existiram inúmeras variáveis do anarquismo na Espanha: o anarquismo camponês na zona rural de Andaluzia; o anarcossindicalismo urbano na Catalunha, particularmente em sua capital Barcelona, e o que as vezes chamado anarquismo “puro” em outras cidades como Zaragoza. Além disso, estes movimentos tinham e compartihavam várias semelhanças ideológicas.

Havia muitas variantes do anarquismo na Espanha: o anarquismo do campesinato na área rural de Espanha, o a narco -sindicalismo urbano na Catalunha, especialmente em sua capital Barcelona, e qual Anarquismo é às vezes chamado de “puro” em outras cidades, tais como Zaragoza. No entanto, esses movimentos eram bastante semelhantes e compartilha vam uma ideologia comum. A princípio, os êxitos do movimento anarquista foram esporádicos. Porém, com o tempo, os anarquistas começaram a organizar greves que acabaram se disseminando por todo o pais. Normalmente, a repressão da polícia reduziu o número de manifestantes, mas, ao mesmo tempo, causou maior revolta da população. Este ciclo ajudou a liderar uma era de violência mútua, no início do século XX, em que anarquistas e pistoleiros armados, mercenários pagos por donos de empresas, cometeram vários assassinatos políticos.

Posteriormente, no século XX, a violência começou a diminuir, e o movimento ganhou velocidade com a revolta de anarco-sindicalismo e da criação do grande sindicato libertário, a CNT . As greves gerais passaram a ser comuns, e uma grande parte do movimento operário espanhol adotou o ideal anarquis ta. A FAI desde a sua criação foi uma associação essencialmente libertária, cuja inte nção era garantir que a C.N.T. permanecesse fiel aos princípios do anarquismo.

Os anarquistas desempenharam um papel de destaque na luta armada contra a ditadura de Franco durante a Guerra Civil Espanhola. Ao mesmo tempo, uma revolução social de grande escala se expandiu por todo o território espanhol ao sul, onde todas as terras e fabricas foram coletivizadas e controladas pelos trabalhadores.

A revolução começou a decair com o crescimento da filiação e a ascensão ao governo a, meados de 1937, do Partido Comunista da Espanha, cuja política era determinada pelo Ministério do Exterior da Uniao Soviética stalinista.

Este partido iniciou uma política de militarização progressiva e assimilação das milícias populares, hierarquizando e diminuindo a influência destas na administração estatal, assim como fortalecendo e recuperando o controle institucional do Estado. Assim, incrementando seu caráter repressivo, reduzindo a influencia dos principais grupos revolucionários e milicianos, e restringindo sua liberdade de ação, tal como a proibição do jornal da FAI e a censura de outros meios.

A isto se adicionava a grande duração da guerra, o que fazia aumentar os ânimos da população e a força rev olucionaria do processo.

Porém, o fim verdadeiro só ocorreria com o fim da guerra em 1939, com a vitória do exercito comandado por Franco , o qual executaria milhares de anarquistas e encarceraria um grande número de dissidentes, como presos políticos , a maioria esquerdista, republicanos e críticos do novo regime. Porém, a resistência a sua ditadura nunca cessou completamente, ainda havia simpatizantes participando em atos de sabotagem e outros modos de ação direta, e, em alguns casos atentados contra a vida do próprio governante. O legado deles continua sendo importante até hoje, particularmente para os anarquistas, anarcossindicalistas e todos aqueles que vêem seus atos como um precedente histórico de confirmação para um possível processo de mudança social revolucionaria, com a instauração de uma estrutura social sem governo, organizada através da participação direta do povo e direção coletiva e democrática dos meios de produção.

Maçons Anarquistas Espanhois

Segundo (Guerra, 2010), a atração entre movimentos que poderíamos considerar, ou que se consideram, “heterodoxos” é más intenso quan do carecem de um corpo doutrinário único ou fechado e daí arrancaria a vin culação tão intensa que houve entre a Maçonaria e o livre pensamento ou o movimento libertário e a Maçonaria que começou no século xix e culminou com a queda do regime republicano e a repressão que promoveu ambos o ditador Francisco Franco.

Alguns dos mais importantes Maçons Anarquistas da Espanha são citados abaixo:

Anselmo Lorenzo

Na Catalunha Anselmo Lo renzo e Farga Pellicer iniciaram na loja Hijos del Trabajo. Anselmo Lorenzo nasceu em Toledo no ano de 1841 e faleceu em Barcelona em 1914, é também chamado “o avô doanarquismo espanhol”, foi um dos primeiros anarquistas espanhóis. Foi muito ativo no movimento desde a sua reun ião com Giuseppe Fanelli em Madrid em 1868, até a sua morte em 1914.

Farga Pellicer

Rafael Farga i Pellicer (Ba rcelona, 1844 – 1890) também conhecido pelo pseudónimo de Justo Pastor de Pellico, foi um importante sindicalista de la Catalun ha na segunda metade do siglo XIX e tipógrafo diretor da tipografía La Academia.

Francisco Ferrer i Guardia

Foi iniciado em 1883 na loja Verdad de Barcelona e recebeu o nome simbólico de Zero.Fundador da Escola Moderna.

Francisco Ferrer Guardia (10 de Janeiro de 1849 – 13 de Outubro de 1909), foi um pensador anarquista catalão, criador da Escola Moderna (1901), um projeto prático de pedagogia libertária. Ele nasceu em Allela em 14 de Janeiro de 1849 (uma pequena cidade perto de Barcelona), filho de pais católicos, cedo se tornou anticlerical e juntou-se à Loja Maçônica Verdad, de Barcelona.

Apoiou o pronunciamento militar de 1886, que pretendia proclamar a República, mas diante do fracasso deste, Ferrer teve de exilar-se em Paris. Sobreviveu ensinando espanhol até 1901, e durante este período criou os conceitos educativos que aplicaria em sua Escola Moderna. A Escola Moderna transformou-se em um movimento de caráter internacional de apoio dos trabalhadores a educação anti-Estatal e anti-Capitalista. Ferrer desenvolveu o método racional, enfatizando as ciências naturais com certa influência positivista, privilegiando a educação integral. Propõe uma metodologia baseada na cooperação e respeito mútuo. Sua escola deveria ser freqüentada por crianças de ambos os sexos para desfrutarem de uma relação de igualdade desde cedo. A concepção burguesa de castigos, repressão, submissão e obediência, deveria ser substituída pela teoria libertária, de formação do novo homem e da nova mulher. Ferrer considerava que o cientificismo não era um saber neutro. Aqueles que tem o poder se esforçam por legitimá-lo através de teses científicas. Devido a intolerância da Igreja, em 1906, Ferrer foi preso sob suspeita de envolvimento no ataque de Mateo Morral, ex-colaborador de curta passagem, como tradutor e bibliotecário da Escola, que perpetrou um atentado frustrado contra o Rei Alfonso XIII, sendo absolvido um ano depois. Entretanto, durante sua estadia na prisão a Escola Moderna foi fechada. No ano seguinte, viajou pela França e Bélgica; neste último país, fundou a Liga Internacional para a Educação Racional da Infância.

Em 13 de Outubro de 1909 foi executado na prisão de Montjuich durante a lei marcial, acusado de ter sido o instigador da revolta conhecida como a Semana Trágica de Barcelona em 1909.

Execução de de Francisco Ferrer i Guardia na prisão de Montjuich. Trabalhadores de passeata durante a “Semana trágica ” em Barcelona

Avelino González

Foi diretor do periódico CNT.

Cristóbal Cano

Mestre laico da Escuela Neutra e membro do grupo específico Solidaridad.

Segundo Blanco

Chofer do dirigente anarquista e Conselheiro do Conselho Soberano das Astúrias.

José Caveda Obaya

Militante libertário em grupos de ação específica d a Federação Anarquista Ibérica (FAI).

Eleuterio Quintanilla

Nascido en Gijón en 1886, adere as fileiras libertarias colaborando com o periódico Solidaridad Obrera en 1909 e um ano mais tarde funda com Ricardo Mella a Acción Libertaria.

Em 1917, é iniciado como Maçom na Loja Jovellanos número 337 de Gijón e toma como nome simbólico o de Floreal.

Avelino González Mallada

Foi Maçom membro da loja Jovellanos, onde utilizava o nome simbólico de Panurgo, chegando a obter o grau 4 de Mestre Secreto. Chegou a ser prefeito de Gijón.

Avelino González García

periodista y director del periódico CNT, foi iniciado na Loja Riego número 2, ml 21 de março de 1924, chegando ao grau de Mestre Maçom emoutubro de 1927.

Nas Astúrias a atração dos anarquistas pela Maçonaria só se registra

Durante o primeiro terço do século xx. Estes libertários vão a ocupar assento nas Lojas revestindo-se com o avental Maçônico, sendo que em muitas ocasiões sua transcendência iria muito mais alem, prolongando-se ao movimento operário e também ao educativo e social.

Segundo (Guerra, 2010), a atração dos anarquistas espanhóis pela Maçonaria se deveu principalmente ao caráter anticlerical da Maçonaria, fator que em dado momento tornou-se aglutinante, visto que a hierarquia católica espanhola era muito reacionária e representava a maior opressão e dominação sobre a classe operária.

Roberto Aguilar Machado Santos Silva

Referencias bibliográficas

RODRIGUES, E. Pensadores Anarquistas e Militantes Libertários. http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/pensadoresanarquistas.html Acesso em 16;maio.2010.
GUERRA, V. Anarquistas francmasones em Asturias. http://www.masoneriamadrid.eu/ Anarquistas%20francmasones%20en%20Asturias.pdf Acesso em 16;maio.2010.
WIKIPÉDIA. Anarquismo. http://pt.wikipedia.org/wiki/Anarquismo. Acesso em 16;maio.2010.

Via: www.maconariaportugal.com