Economicismo
Economicismo é um termo utilizado para criticar o reducionismo econômico, que é a redução de todos os fatos sociais a dimensões econômicas. Também é usado para criticar a economia enquanto uma ideologia, na qual a oferta e a demanda são os únicos fatores importantes na tomada de decisões, e literalmente se sobrepõe ou permite ignorar todos os outros fatores.
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O economicismo parte da premissa de que os fatores econômicos são os fatores decisivos, os mais importantes e fundamentais para a vida individual e social. É a crença infundada no primado do econômico, na transformação deste fator na chave explicativa única de todos os acontecimentos da vida humana. Desse modo, todas as demais atividades e valores que escapam ao império da lógica econômica são considerados como secundários, acessórios e até mesmo supérfluos .
O economicismo reinante estimula o pragmatismo e o utilitarismo.
Segundo o Professor Cesar Ranquetat Júnior: os agentes do domínio economicista desdenham do ócio, da contemplação, da vida intelectual. Por consequência, o bem-estar material, a busca a qualquer custo do prazer, da segurança, da proteção e da comodidade acabam por atrofiar e corroer as capacidades mais elevadas do espírito humano. Os interesses superiores e mais altos que transcendem a esfera da existência meramente material são deixados de lado. Conforme alertara o filósofo Marcel de Corte, consequência inevitável deste processo é a negação da inteligência especulativa que repousa na contemplação da verdade e no conhecimento da realidade.
Esta tendência atinge seu clímax e alcança o posto de verdade absoluta, para Marcel de Corte, no marxismo como ponto de convergência ao ser legitimada e justificada intelectualmente por Karl Marx na sua famosa máxima de que os filósofos se limitaram a interpretar o mundo, sendo agora necessário transformá-lo.
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