Federica Montseny
Filha das anarquistas Joan Montseny (Federico Urales) e Teresa Mané (Soledad Gustavo), que fundaram a Revista Blanca, importante publicação ibérica, Federica Montseny nasce em 1905. Atuou desde cedo na CNT, colaborando também com as atividades editoriais da família. Foi uma das organizadoras do grupo anarquista Mujeres Libres, e participou ativamente na Guerra Civil Espanhola, entre os anos de 1936-1939, quando os anarquistas se enfrentam com os comunistas na luta contra os fascistas. Em 1936, passou a integrar o comitê regional da CNT e o comitê peninsular da FAI e, durante a Revolução, tornou-se ministra da saúde e assistência social no governo formado por Largo Caballero, aprovando a legalização do aborto. Luta pela emancipação feminina, questionando a moral conservadora da Espanha de sua época. Sua participação no governo teve apoio do movimento, mas, entretanto, foi alvo de muita polêmica. Exilada na França após a derrota, foi presa diversas vezes e, durante todo o exílio, manteve uma intensa atividade, até 14 de janeiro de 1994, quando morre em Toulouse. Compartilha com Emma Goldman o ideal de que a mulher deve começar a libertar-se através de um trabalho interior, aprendendo a respeitar-se e questionando-se, ao mesmo tempo, por não explicar como a sociedade não lhe oferece os meios para se atingir este objetivo.