“Introdução” em M. Bookchin, “Anarquismo, Critica e Autocritica” (Hedra, 2011)

É estando com os explorados do anarquismo, os assalariados, as vítimas do autoritarismo que as ideias anarquistas podem ser conhecidas e aplicadas. Os grupos de iniciados fechados sobre si mesmos matam as ideias que tencionam defender. São os militantes implicados em atividades sociais […] que são a fonte de um desenvolvimento rápido das ideias de Bakunin e Kropotkin.- Frank Mintz

Anarquismo: uma breve perspectiva. Por meio da aproximação entre o operariado francês e inglês surgiu, em 1864, em Londres, a Associação Internacional dos Trabalhadores (ait), conhecida posteriormente como Primeira Internacional. A ait foi fundada dentro de um contexto especíco de desenvolvimento do capitalismo na Europa e do consequente surgimento de um proletariado que se constituía como classe naquele momento. Este operariado francês tinha signicativa inuência das ideias do socialista P.-J. Proudhon, que vinha difundindo seu pensamento em uma vasta obra crítica ao capitalismo e ao Estado, que armava o mutualismo e o federalismo. Em livros que vão desde “O que é a propriedade?” de 1840, até “Da capacidade política das classes operárias”, obra póstuma de 1865, Proudhon fundaria as bases sobre as quais utilizei o artigo “Bookchin Breaks With Anarchism” de Janet Biehl como base desta introdução. Biehl foi companheira de Bookchin e, no meu entender, é a maior conhecedora e intérprete de seu pensamento. Agradeço a Raphael Amaral, Pablo Ortellado, Rodrigo Rosa, Bruna Mantese, Arthur Dantas e Ruy Fernando; uns por terem me apresentado este livro, outros por terem discutido comigo diversos de seus aspectos, fundamentais para reflexões posteriores. A eles, gostaria de dedicar esta publicação.

Via: https://www.academia.edu/30953697/Introdu%C3%A7%C3%A3o_em_M_Bookchin_Anarquismo_Critica_e_Autocritica_Hedra_2011?email_work_card=title