Reforma e Revolução

“Tomaremos ou conquistaremos as eventuais reformas no mesmo espírito daquele que arranca pouco a pouco do inimigo o terreno que ele ocupa, para avançar cada vez mais; e permaneceremos sempre inimigos de todo governo […].”
– Errico Malatesta

“É buscando o impossível que o homem sempre realizou e reconheceu o possível,e aqueles que se limitaram bem-comportado são que lhes parecia o possível nunca avançaram um único passo sequer.”
– Mikhail Bakunin

Algum tempo atrás, debatíamos, eu e alguns conhecidos, sobre as conseqüências da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) e como o movimento anticapitalista deveria mobilizar-se para uma oposição significativa a ela. Discutíamos, prática e teoricamente,como mostrar às pessoas os perigosos efeitos desse acordo e como conseguir aglutinar num pólo opositor,o maior número de pessoas possível. Em meio às discussões, um companheiro posicionou-se dizendo que nós – os socialistas libertários – não deveríamos lutar contra a ALCA, pois isso era reformismo. Do seu ponto de vista, o fato de estarmos pensando em maneiras de fazer com que o governo não assinasse o acordo,era a crença de que uma ação parlamentar pudesse ter alguma relevância em nossas vidas. Como esse era apenas um ganho pontual – uma reforma –, não deve-ria fazer parte de nossos objetivos revolucionários , que preconizam uma mudança estrutural e completa da sociedade.

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