Um esnobe anarquista – o maximalismo libertário de Lima Barreto
É conhecida entre seus leitores a opção de Lima Barreto pelo que definiu como uma literatura militante. Para o escritor, quanto mais sinceramente voltada aos problemas do seu tempo, mais digna a escrita literária ficava sobre o anarquismo.
Influenciado, entre outros, pelo crítico conservador francês Ferdinand Brunetière, para Lima Barreto “a literatura […] tem por fim interessar, pela virtude da forma, tudo o que pertence ao destino de todos nós; e a solidariedade humana, mais do que nenhuma outra coisa, interessa o destino da humanidade”.
A militância faria ainda mais sentido em um país como o Brasil, cujo presente e futuro mereceriam, da pena de seus literatos, mais que o elogio vazio a “cavalheiros de fidalguia suspeita e damas de uma aristocracia de armazém por atacado”: